30.5.12

Confiram, a gravura está em festa!


Muitas exposições de gravura acontecendo e irão acontecer.  Confiram.
31 de Maio - quinta-feira temos o gravador Tiago Gualberto no Museu Afro Brasil - São Paulo



e outra boa exposição dia  13 junho, no Rio

Filme Bandeira de Mello - Eu existo assim


filme Bandeira de Mello - Eu existo assim
A vida e obra do pintor mineiro e professor da Belas Artes/UFRJ, Lydio Bandeira de Mello.
http://vimeo.com/2327107

XILOS DE JOSÉ ALTINO

O gravador paraibano José Altino, foi selecionado com todos os trabalhos para a Bienal Naifs 2012 do SESC Piracicaba. Inscritos 268 artistas de 20 estados brasileiros, apenas 56 artistas foram selecionados.
O Juri foi composto por Juliana Braga, Marta Mestre, Paulo Klein e Edna Matosinho de Pontes.




José Altino de Lemos Coutinho (João Pessoa PB 1946). Gravador, pintor, ilustrador, professor, crítico. Estuda em João Pessoa com Arthur Cantalice e Gilvan Samico e em Salvador freqüenta o ateliê de Emanoel Araújo, nos anos 60. Em 1969, chega ao Rio de Janeiro, estuda na Escolinha de Arte do Brasil, frequenta a Escola Nacional de Belas Artes, onde assiste aulas de Adir Botelho. De 1970 a 1978, leciona gravura e participa de projetos da Escolinha de Arte do Brasil. Em 1979, volta para João Pessoa, trabalha como crítico de arte na imprensa e na Coordenação de Extensão da Universidade Federal da Paraíba. É presidente da Associação dos Artistas Plásticos Profissionais da Paraíba e assessor de artes plásticas da Secretaria de Cultura. Seu trabalho em xilogravura compreende a relação com a literatura de cordel. Em 1980, volta ao Rio e participa, no ano seguinte, do Grupo Armação Oficinas de Arte, Projeto Fotografia, Ponto de Vista da Criança, promovido por Kodak, Funarte e Ministério da Cultura. Retorna para João Pessoa.


Muitos gravadores hoje consagrados foram alunos de José Altino, dentre eles, Anna Carolina.

Parabéns Altino, você merece!!!!!





A Princesa do Miramar no Jardim , s.d.
xilogravura - 39,8 x 29,5 cm

29.5.12

CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA ELEITORAL - RIO

Espero que exponham gravuras!


FUTURA SEDE CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
rua 1º de Março - Centro - Rio de Janeiro - RJ

Projetada em 1892, nos moldes do Vereinsbank (Banco da União), localizado na cidade alemã de Munique, a futura agência central do Banco do Brasil ficou pronta em 1896. Não chegou, entretanto, a ser ocupada pela instituição, que passava por séria crise de liquidez. Em troca da ajuda econômica do governo federal, o banco entregou a nova sede à União. Esta, por sua vez, ofereceu o prédio ao STF, que se mudou da Rua do Lavradio e lá permaneceu até 1909, quando se transferiu para a Avenida Central.

Em seguida, o edifício abrigou a Caixa de Conversão e Amortização e, em 1946, tornou-se a sede do TSE. Na década de 1960, com a mudança do TSE para a nova capital federal, Brasília, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) ocupou o imóvel até 1996, ano em que se instalou na Avenida Presidente Wilson. A partir de 1999, o prédio seria destinado ao uso público, com a criação do Palácio Judiciário da Cidadania.

A imponente construção na esquina da Primeiro de Março com a Rua do Rosário destaca-se pela beleza arquitetônica, pelo requinte artístico e pelo emprego das mais avançadas técnicas de engenharia. No Brasil, é uma das precursoras do estilo eclético, combinando elementos do neoclássico e do barroco com toques do art nouveau. Tal estilo torna-se nítido, no Rio de Janeiro, a partir do início do século XX e é observado nas demais grandes obras da República Velha, a exemplo do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado em 1909.

Originalmente, o exterior do edifício marcava-se pelo contraste cromático entre o branco do mármore de Carrara, dos elementos artísticos e da rotunda e o tom róseo da fachada do segundo pavimento. Destacavam-se, ainda, a base de granito e os gradis e esquadrias de ferro fundido pintados a óleo. A variedade de cores, no entanto, foi apagada pelo acúmulo de sujeira e de resíduos provenientes da poluição.

Dividido em dois pavimentos e um subsolo (denominado semi-enterrado por ter abertura para a rua), o prédio tem aproximadamente quatro mil metros quadrados. A entrada é pela esquina, através de majestoso portão de bronze fabricado em Portugal. Uma escadaria de mármore conduz o visitante ao saguão que precede o salão central, onde estão os caixas do banco.

O salão pode ser comparado a uma catedral. Tem pé-direito duplo, de 14 metros de altura, iluminação natural, por meio de grande clarabóia, e, de ambos os lados, colunata intercalada por quatro guichês de ferro fundido. O piso é de ladrilho hidráulico, cuja complexidade dos desenhos e a precisão das cores comprovam-lhe a qualidade superior.

A grande área termina no que seria o altar do banco: o cofre-forte. No interior do cofre, dispõem-se armários em ferro fundido, com trabalho em rendilhado nas portas, e escada helicoidal para acesso ao subsolo.

Sobre o salão central, erguem-se duas alas laterais, construídas no segundo pavimento, onde ficaria a administração do banco. O antigo plenário do Tribunal situa-se na ala esquerda, em sala ricamente ornamentada. Na parede de fundo, sobressai o grande painel pintado por Antônio Parreiras, em 1901, denominado “Inconfidência”. O artista assina dois outros trabalhos da mesma série – “A Partida” e “A Chegada” – localizados nos demais ambientes do segundo pavimento.

O piso do plenário é de tábua corrida com moldura em motivos geométricos, em tom mais escuro. As paredes revestem-se de lambris de madeira, e o teto, decorado, é precedido por pintura de cartelas com figuras eminentes da história nacional. Duas grandes janelas e três lustres de bronze garantem a luminosidade do auditório, que também se beneficia da imensa clarabóia central.

Além dos painéis de Parreiras, o imóvel abriga pinturas de dois outros grandes artistas da época, Rodolfo Bernardelli e A. Silva. Na fachada do segundo pavimento, nichos acomodam quatro estátuas em ferro representando figuras mitológicas, trabalhadas na Fundição Val d’Osne, na França, pelo escultor parisiense Marthurin Moreau.

Ao esmero das obras de arte e do acabamento soma-se a moderna técnica construtiva aplicada ao prédio. Planejado apenas três anos depois da inauguração da Torre Eiffel, em que se consagrou o uso do aço na construção civil, o edifício apresenta arrojada estrutura metálica na cobertura. Tal estrutura é apontada como uma das razões da integridade da obra ao longo de mais de um século, apesar de que, com a corrosão dos metais, hoje se percebem infiltrações.

Impressionam, ainda, as soluções tecnológicas encontradas para assegurar temperatura amena no interior do prédio. A ventilação natural é proporcionada pelas clarabóias vazadas e pelas chaminés acopladas aos lustres principais, transformados em caminhos de fuga para o ar quente. O ar dirige-se para a caixa do telhado, que o libera através de telhas cerâmicas com aberturas. As grandes janelas, por sua vez, permitem a entrada de ar fresco.

detalhes do prédio




Luise Weiss em livro

28.5.12

Gravura, por que gravura? por Lucie Schreiner

Lucie Schreiner

GRAVURA, POR QUE GRAVURA?

A xilogravura pra mim vai além de entalhes na madeira e impressão no papel. É através dela que consigo expressar muitas de minhas inquietações. Gosto de todas as técnicas e formas de arte, mas a que me possibilitou a melhor sensação foi a xilogravura, ela me dá asas para voar dentro e fora de mim.
Quando finalizo uma xilo, é como tivesse quebrado um cadeado dento de mim, essa é a sensação, de libertação da alma, de pensamento e sentimento.

QUEM FORAM SEUS MESTRES, ONDE ESTUDOU? CONTE SUA TRAJETÓRIA.
Meu primeiro contato com a xilogravura foi na Usina de Arte João Donato, em Rio Branco, Acre. A primeira oficina foi com Josafá de Orós e em seguida com André de Miranda, que se tornou meu maior incentivador e mestre. Em sua oficina percebi o quanto a gravura era importante para minha vida.
Não deu 2 meses eu estava com a série Filhos da Terra pronta para ser exposta. Comecei a pensar e sonhar xilo.
Após a exposição realizada, senti mais segurança para participar de salões e mostras. Conquistei algumas premiações e participações por seleção no Acre e fora dele.
Tenho muito a aprender e um longo caminho para crescer e amadurecer na gravura.

FALE UM POUCO DE SUA TÉCNICA.
Não me prendo muito a regras apesar de usá-las, gosto muito de deixar minhas emoções fluírem por meio do corte das goivas. Não deixo nada programado no desenho ou no projeto. Essa forma me dá a sensação de liberdade.
Minhas xilos apresentam muitas texturas, e através delas que tento passar sensações de movimento e expressão.

O QUE PENSAS DA GRAVURA HOJE?
A gravura da atualidade é uma forma de expressão artística autônoma, liberta da funcionalização que a amarrou por séculos. No processo atual a gravura se torna livre para dialogar com outras formas de linguagem artística, pintura, fotografia, recorte...
A gravura hoje é um campo aberto com inúmeras possibilidades de dignificar gestos diretos e ações indiretas, articulando a matéria em suas diferentes materialidades.
Observo que a gravura não é dominante na arte do nosso século, vejo que há poucas pessoas que conhecem a grandeza dessa técnica. Porém, por mais que existam desafios, a gravura preserva seu espaço e surge de tempos em tempos, mostrando sua força e atualidade.

ACRENCENTE ALGO QUE GOSTARIA DE DIZER.
Acredito na força de transformação de um pensamento até mesmo de uma nação por meio da arte, seja ela representada por meio da gravura, das artes plásticas em geral, no teatro, no cinema, na dança, na música.
De acordo com o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) "a arte existe para que a realidade não nos destrua"; Nietzsche acreditava que somente a arte poderia oferecer aos homens força e capacidade para enfrentar as dores da vida, fazendo-os "dizer sim" a ela.
Porém, a arte vai além da diversão, ela provoca inquietações, nos educa, nos faz refletir sobre a vida, sobre a realidade e o imaginário, provoca consideravelmente nossa inteligência, memória e imaginação, afetando nosso corpo como um todo.

"Alagação" - xilogravura - 2010 - 29,7 x 42 cm


 
"Canavial " - xilogravura - 2009 - 15 x 20 cm


 
"Mistérios da Vida" - xilogravura - 2011 - 15 x 20cm





Lucie Schreiner (1981) nasceu em Marechal Cândido Rondon, Paraná, onde vive e trabalha.


Formação (De 2007 á 2009) Curso de Artes Plásticas na Usina de Arte João Donato, Rio Branco Acre.
Exposição individual: Xilogravura - Filhos da Terra – Galeria Juvenal Antunes, Rio Branco - Acre, 2009.
Exposições coletivas: "Percurso" - Galeria Chico da Silva da Usina de Arte, Rio Branco, Acre, 2010.
"Sentindo o Sete" - Galeria Juvenal Antunes, Rio Branco,  Acre, 2008.
"Pinturas Paisagens e Máquinas" - Usina de Arte João Donato, Rio Branco, Acre, 2008; SESC em 2009.
"Pinturas Retratos Reais e Imaginários" - Galeria Chico da Silva da Usina de Arte João Donato, 2008.
"Memórias - Galeria Chico da Silva da Usina de Arte João Donato, 2008 e no SEBRAE.
1º Salão dos novos de Artes Plásticas, realizado de 08 a 28 de Janeiro de 2008; premiação Salão Hélio Mello, na categoria Gravura, 2010 – Rio Branco, Acre; Primeiro lugar As Cores da Cidade, 2010 - Rio Branco, Acre - obra “Alagação” ; 5ª Bienal da Gravura em Santo André, SP – 2010 - obra “Canavial”.
Xilos executadas na Usina de Arte João Donato - Rio Branco – Acre, para peça teatral adaptada do romance de José Saramago - LEVANTADO DO CHÃO pelo dramaturgo Juarez Dias, direção de Cida Falabella. (Xilos realizadas por mim e pelos alunos de Artes Plásticos e pelo Mestre André de Miranda).
19ª Mostra Cascavelense de Artes Plásticas em 2011; Medalha de bronze na 1ª Mostra Taubateana de Gravura 2011 - Taubaté-SP.

contato com a artista: lucie_schreiner@yahoo.com.br

27.5.12

Adir Botelho

continuando........
eu entre os mestres da xilo, Adir Botelho e Anna Carolina

eu, Anna Carolina, Teresa Miranda e Adir.

Lançamento Catálogo Xilogravuras Adir Botelho

Foi um sábado (26)  rico e especial. Lançamento do vídeo, catálogo e visita guiada com mestre Adir Botelho, Centro Cultural Correios, Rio.
Revi amigos e mestres que há muito nao via. Adir feliz e emocionado.


momento especial com as mestres da gravura brasileira, Anna Carolina e Teresa Miranda

autógrafo do mestre Adir Botelho

Adir e seu sobrinho

Adir autografando o catálogo.

o gravador Rubem Grilo e o mestre Adir

entrada do Centro Cultural Correios - Rio

uma das xilos expostas.






26.5.12

GRAVURA É COISA SÉRIA!

No site poderão conferir os belos catálogos que enviam aos inscritos, mesmo que não selecionados, e tudo Gratuito.
Este sim vale a pena!
GRAVURA É COISA SÉRIA!!!!

Em 2007 tive a honra em ser selecionado





ACORDA BRASIL!!!!!!

vejam o catálogo completo em http://www.acquiprint.it/catalogos/flipbook/2007/index.html

XI Bienal Internacional de Grabado

pegar ficha de inscrição no site. INSCRIÇÕES ATÉ SETEMBRO.


XI Bienal Internacional de Grabado - Reglamento 2013


Reglamento


Art.1 La XI Edición de la Bienal Internacional de Grabado – “Premio Acqui 2013”, es organizada por la Asociación Bienal Internacional del Grabado y patrocinada por el Rotary Club Acqui Terme, la Región Piamonte, la Municipalidad de Acqui Terme, la Fundacion C.R.T.

Art.2 La Bienal es abierta a todos los grabadores y la participación es gratuita.


Cada artista puede presentar una sola obra realizada despues del 1° de enero 2011, respetando el concepto de originalidad indicado por la “Declaración de Milán de 1994”.
La obra no debe haber tenido, hasta aquel momento, una tirada regular, ni haber estado expuesta en otro Premio o manifestación pública. La obra deberá ser impresa en papel con medida mínima 250x300 mm y máximo de 500x700 mm. Las obras de dimensiones superiores no serán admitidas ni devueltas. Las obras no deben estar enmarcadas ni en passe-partout.


Art.3 Cada artista debe hacer llegar el ejemplar de la obra y la relativa reproduccion fotografica - o fotocopia laser -, formato mm. 180x240, indicando en su parte posterior el titulo de la obra, la tecnica, el año de realización, el nombre y apellido y la dirección del autor.


El artista debe enviar la ficha de participación completada en todas sus partes, localizable en el sitio internet www.acquiprint.it
La obra, la reproducción fotografica y la ficha de participación deberán ser enviadas a: Premio Acqui
Associazione Biennale Internazionale per l’incisione
Piazza Italia n. 9 - 15011 Acqui Terme (AL) - Italia


En el paquete que contenga la obra deberà ser bien visible la frase “STAMPE SENZA VALORE COMMERCIALE”.


La obra podra ser enviada hasta el 30.09.2012. Las obras enviadas despues de esta fecha no seran aceptadas.

Art.4 Un Jurado de Aceptación seleccionará las obras participantes e indicará las que formarán parte de la exposición y serán incluidas en el catálogo. Además el Jurado seleccionará un grupo de obras para someterlas al Jurado Popular que asignará los Premios.

Art.5 El Jurado de Aceptación esta compuesto por estudiosos de Historia del Grabado, críticos y personalidades de reconocida cultura.
El Jurado Popular esta constituido por ciudadanos de Acqui Terme y del Monferrato.

Art.6 El Premio de 5000 Euros, será entregado en 2013 durante la ceremonia de inauguración de la Bienal. Su entrega implicará la cesión de la matriz y los derechos de tirada de la obra que serà de 50 ejemplares en números arabes Ej.: (1/50, 2/50, etc. ) y 25 ejemplares en números romanos Ej.: (I/XXV, II/XXV, etc. ).

Art.7 Al final de la manifestación las obras participantes no serán devueltas pero serán depositadas en el Museo del Grabado – Castillo de los Paleologos de Acqui Terme.


Art.8 El Comité Organizador de la Bienal se reserva el derecho de realizar exposiciones de las obras en otros lugares


Art. 9 La participación implica la completa aceptación del reglamento.


http://www.acquiprint.it/index.php?lang=it

24.5.12

abca rio 2012


Este ano acontece o abca rio 2012, de 28 a 29 de junho no Rio de Janeiro.



O seminário promovido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte e pelo PPGAV/EBA/UFRJ reúne professores, pesquisadores, profissionais e artistas para discutir o tema:


O deslocamento da Crítica ...de Arte: atualidade no Brasil.
Informações www.eba.ufrj.br/ppgartesvisuais


Inscrições 30,00 reais


Comissão Organizadora:
Prof.a Dra Angela Ancora da Luz (UFRJ)
Prof. Dra e Produtora Cultura Kenny Neoob (UFRJ)
Prof.a Dra Nara Cristina Santos (UFSM)

22.5.12

SP ESTAMPA


O projeto Estúdio Valongo de passagem inicia sua caminhada com a conversa do dia 26 de maio no Ateliê Piratinga, dentro do programação SP ESTAMPA 2012 no Ateliê Piratininga. Neste dia será apresentado uma retrospectiva das atividades desenvolvidas durante o primeiro ano de existência do primeiro ateliê coletivo da Baixada Santista. Estarão presentes os artistas residentes e fomentadores desse espaço: Fabiola Notari, Fabrício Lopez e Márcia Santtos.
entrada gratuita e sem inscrição prévia


Local: Ateliê Piratininga (Rua Fradique Coutinho, 934 - Vl. Madalena/SP)
Data: 26/05/2012, sábado
Horário: das 15h00 às 17h00

Making off das filmagens do vídeo Adir Botelho - xilogravuras

Foram muitas horas de filmagens e compartilho aqui um pouco do making off.
Começamos a gravar com a professora Angela Ancora da Luz, ex diretora da EBA/UFRJ e posteriormente no Alto da Boa Vista com a curadora Lani Goeldi. Depois partimos para a oficina de gravura da EBA/UFRJ onde gravamos com os mestres Kazuo Iha e Marcos Varela, onde Adir Botelho por muitos anos ministrou suas aulas.
Foi um dia mágico. Confiram.
O video será lançado dia 26, sábado, às 15 horas, no Centro Cultural Correios - Rio, com lançamento do catálogo da exposição e visita guiada com o mestre Adir Botelho.
Video produzido por VUDOO Videos Especiais.
Fotos de Lais Helena.

em casa de Angela Ancora da Luz

filmando com Angela Ancora da Luz, professora de História da Arte e ex Diretora da EBA/UFRJ


Filmando na praça Afonso Vizeu - Alto Boa Vista. Ao meu lado direito Jonas e Fabio, da VUDOO Videos


Filmando com Lani Goeldi (curadora da exposição Adir Botelho - xilogravuras)


filmando com o mestre da litogravura, Kazuo Iha - EBA/UFRJ -

eu e o professor de xilo da EBA/EFRJ, Marcos Varela

escolhendo a locação dentro da oficina de gravura da EBA/UFRJ

um momento do professor Marcos Varela passando seus conhecimentos aos alunos.


21.5.12

GRAVURA, POR QUE GRAVURA?

Hoje inicio aqui um "novo" espaço, "GRAVURA, POR QUE GRAVURA?".
Serão depoimentos de colegas amigos gravadores contando-nos um pouco de sua trajetória e sua poética nesta arte milenar e apaixonante.


Os amigos gravadores que se interessarem em mais este canal de divulgação da Gravura e quiserem postar seu depoimento ou mesmo suas próximas exposições, enviem material para meu e-mail, mirandart@gmail.com

GRAVURA, POR QUE GRAVURA?
com JOSÉ GUYER SALLES.


GRAVURA, POR QUE GRAVURA?

Por que gravura? A pergunta vale para “por que pintura a óleo, aquarela ou outro médium qualquer”. O artista elege, para conduzir suas pesquisas visuais, a técnica que mais se adapte, no momento que está vivendo aos resultados pretendidos. Se os resultados forem diferentes do que imaginara, tanto melhor. A gravura contém em si um desafio: o material de que é feita a matriz difere muito do qual ela será impressa. Do metal (madeira, acetato, etc.) passamos ao papel, que exige conhecimento e amor: qual o que dará melhor resultado, como deve ser tratado, etc.
Enfim, é um universo em que o artista penetra, de início com curiosidade, depois com paixão.


QUEM FORAM SEUS MESTRES, ONDE ESTUDOU? CONTE SUA TRAJETÓRIA.


Marcello Grassmmann, em primeiro lugar. Depois no Pratt Graphics Center em Nova Iorque que frequentei primeiro como aluno e depois como instrutor. Em 1975 trouxe para o Brasil uma prensa “Charles Brandt” que influenciou bastante as novas prensas fabricadas aqui. Fundei a Oficina de Gravura 76, que formou alguns gravadores, mas que fechou em 77 com minha volta a Nova Iorque. Em 1985 voltei definitivamente ao Brasil.

FALE UM POUCO DE SUA TÉCNICA.

Como técnica uso a água-tinta e água forte, ou o “spit-bite” ou “morsura a cuspe”, ou ainda “lavis”. Gosto da cor na gravura, então ou faço uma impressão “à lapoupée” ou trabalho com várias matrizes superpostas. Ultimamente tenho usado uma combinação de ponta seca e “lavis”. Já trabalhei com técnica fotográfica e colagravura .


O QUE PENSAS DA GRAVURA HOJE?


O Rio Estampa e agora o SP Estampa revelou que a gravura hoje em dia vai muito bem, obrigada, muitos artistas jovens estão buscando novas formas de expressão através dessa técnica milenar.


Guyer em seu ateliê

Moro em Itapecerica da Serra, SP, e trabalho em meu atelier em casa. Minhas gravuras, faço no Aquaforte Atelier , São Paulo, que compartilho com Angelita Cardoso, César Augusto Nogueira e Christian Von Almen.
Nasci em São Paulo, SP, 1942, aprendi gravura na extinta NUGRASP e na FAAP. Fui com bolsa de estudos para o Pratt Graphics Center em Nova Iorque. Participei entre outras da Goddard-Riverside Printmakers (exposição realizada em colaboração com o Metropolitan Museum of Art e o American Museum of Natural History) em 1973, Young Artists 75-patrocinada pela Unesco, New Mexico Print Exhibit 1974, Panorama da Arte Brasileira no Mam em SP (1984), no mesmo ano fui incluído no livro "A Gravura Brasileira "de Jacob Klintowitz, 6 gravadores na Galeria Arte Movimento (1985), coletiva na Associated American Artists em Nova Iorque (1986), Projeto Metrô-Sé -"Gravura uma Arte a ser descoberta", Dez artistas selecionados nos Estados Unidos , em sistema rotativo, por um ano, no Knox-Allbright Museum em Buffalo-NY (1988). Essas foram as exposições mais importantes das quais participei como gravador. Realizei várias outras com pintor e aquarelista, mas creio que não vem ao caso.


Contato com o artista: guyersalles@yahoo.com.br

Algumas gravuras

Onda - gravura em metal impressão a la poupée - 40x60cm


Palmas - gravura em metal com 3 matrizes - 40x60cm


Abstrato III - Gravura em metal  e monotipia - 60x40cm