31.7.12

Exposição do grande artista Poty Lazzarotto


No domingo, 29 de julho, abriu a exposição "POTY, ETERNO", na APAP/PR- Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná a exposição de obras de Poty Lazzarotto em sua sede. A exposição é uma realização da APAP/PR com obras da Fundação Poty Lazzarotto em parceria com o MON – Museu Oscar Niemeyer (Curitiba - PR).


mural de Poty

A mostra é composta por 22 gravuras cedidas pela Fundação especialmente para esta importante homenagem que a Associação presta ao grande mestre desenhista, gravador e muralista.
As gravuras apresentam várias técnicas como: água forte, água tinta, gravura em metal e litografia.




Uma oportunidade da comunidade artística e cultural de apreciar e conhecer algumas obras em ilustração que Poty elaborou para a obra literária Grandes Sertões Veredas de Guimarães Rosa.

A exposição "Poty, Eterno" estará aberta ao público até 30 de setembro nos espaços de exposição Sala Osmar Chromiec e Sala Poty Lazzarotto na Rua Jaime Reis, salas 07 e 11 nas Arcadas de São Francisco – Setor Histórico de Curitiba, Paraná.





Lazzarotto, Poty (1924 - 1998)
Biografia

Poty Lazzarotto e Helena Kolody




Napoleon Potyguara Lazzarotto (Curitiba PR 1924 - idem 1998).
Gravador, desenhista, ilustrador, muralista e professor.
Muda-se para o Rio de Janeiro em 1942 e estuda pintura na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Freqüenta curso de gravura com Carlos Oswald (1882-1971) no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.

Em 1946, viaja para Paris, onde permanece por um ano. Estuda litografia na École Supérieure des Beaux-Arts, com bolsa do governo francês. Em 1950, funda, juntamente com Flávio Motta (1916), a Escola Livre de Artes Plásticas, na qual leciona desenho e gravura. Nessa época organiza o primeiro curso de gravura do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Organiza, ao longo da década de 1950, cursos sobre gravura em Curitiba, Salvador e Recife.

Desde os anos 1960 tem destaque como muralista, com diversas obras em edifícios públicos e particulares no país e no exterior. Tem relevante atuação como ilustrador de obras literárias como as de Jorge Amado, Graciliano Ramos, Euclides da Cunha e Dalton Trevisan, entre outros. É autor dos livros A Propósito de Figurinhas, de 1986, e Curitiba, de Nós, de 1989, em parceria com Valêncio Xavier Niculitcheff.

Executa diversos murais, como o da Casa do Brasil, em Paris, 1950, e o painel para o Memorial da América Latina, São Paulo, 1988. A partir dos anos 1980 são lançadas várias publicações sobre sua produção, entre elas: Poty Ilustrador, de Antônio Houaiss (1915-1999), em 1988; Poty: Trilhos, Trilhas e Traços, de Valêncio Xavier Niculitcheff, em 1994, e Poty: o lirismo dos anos 90, de Regina Casillo, em 2000.


Outras informações: http://www.apap.com.br/
Telefone (41) 3232-0408

26.7.12

"EX CORDE" - Exposição de Litografia de Raquel Lima

A secretaria de Cultura de Jundiaí - SP, realiza no próximo sábado (28), às 10 horas, na Galeria Fernanda Perracini Milani, no Teatro Polytheama, a abertura da exposição “Ex Corde”, da artista Raquel Lima.

A mostra apresenta litografias que formam um conjunto representativo da produção recente da artista. Essas litografias são cuidadosamente trabalhadas na pedra, seguindo as competências mais rigorosas da técnica, o que revela a habilidade da artista na espontaneidade e refinamentos dos tons e texturas obtidos em aguardas e intervenções com ponta seca, explorando principalmente a técnica da eliminação. São os corações, ora impressos sobre papel, aplicados no interior de envelopes, sobre tecido de grandes dimensões, ou ainda sobre delicado voile.

Em um primeiro momento, imagens puras mesclam-se a outras impressões, costuras, recortes, linhas de sutura, agulhas e incisões, geradas no embate do gesto que materializa os descendentes da mesma matriz, da mesma imagem.
O coração foi eleito por Raquel como objeto de estudo formal e simbólico na poética da artista e está sempre presente em suas obras nos últimos anos, seja de maneira explícita ou não.

A artista
Raquel Lima teve participação em dezenas de salões e exposições coletivas em Museus e Galerias como Museu de Arte Contemporânea de Jataí/GO, Museu Olho Latino – Atibaia – SP, Museu Ruth Schneider – Passo Fundo/RS, Museu da Gravura Brasileira – Bagé/RS, Museu de Arte Contemporânea – Porto Alegre/RS, Museu de Arte de Santa Catarina – Florianópolis/SC, Galeria Modernidade – Novo Hamburgo/RS, Galeria Gravura Brasileira – SP, Casa de Cultura Mário Quintana – Porto Alegre/RS, Museu de Ciências e Tecnologia da PUC – Porto Alegre/RS, Pinacoteca da Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa/PB, Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima – Caxias do Sul, Fundação Memorial da América Latina – SP, Palais de Glace – Buenos Aires, entre outros.

Trabalhou no Núcleo de Gravura do Rio Grande do Sul, onde foi membro da Diretoria Executiva entre 2003 e 2005 e participou de projetos em parceria com o Santander Cultural. Recebeu indicação como destaque em gravura no IV Prêmio Açoriana de Artes Plásticas, em 2010.

Serviço
Exposição Ex Corde
Artista: Raquel Lima
Período: 28 de julho a 21 de agosto
Abertura: 28 de julho, às 10 horas
Local: Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani – Teatro Polytheama - Jundiaí - SP
Entrada: gratuita





24.7.12

IMPRESSÕES E MISTÉRIOS


Parque da Água Branca

Av. Francisco Matarazzo, 455 - Perdizes, São Paulo

de 1 a 30 de agosto de 2012

EXPOSIÇÃO DE RAQUEL LIMA


MAPAS DE INFLUÊNCIAS na Oficina Carlos Oswald - Rio de Janeiro


Ontem estiveram na bela Oficina de Gravura Carlos Oswald no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, as artistas e coordenadoras do protjeto MAPAS DE INFLUÊNCIAS, Maria Pinto e Maura Andrade, fazendo a entrega da Caixa de Gravuras ao artista gravador Gabriel Vieira, coordenador e professor desta oficina .

No encontro, pudemos apreciar as mais de 150 gravuras de artistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, participantes deste belo projeto.



O projeto foi selecionado pelo Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 8ª edição e teve como objetivo reunir um material gráfico concentrando-se na produção atual de alguns artistas na gravura em quatro estados do Brasil: São Paulo – SP, Rio de Janeiro- RJ, Recife – PE e Porto Alegre – RS.
Envolveu artistas das regiões sul, sudeste e nordeste mostrando a diversidade na linguagem gráfica que eles possuem, e ao mesmo tempo resgatando a memória da gravura brasileira.

O próximo encontro do projeto e entrega da Caixa de Gravuras ao ateliê parceiro será no Museu do Trabalho na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.





As coordenadoras do projeto Mapas de Influencias, Maura Andrade e Maria Pinto, entre o gravador Marcellus Machado

em pé, Gabriel Vieira, coordenador da Oficina de Gravura Carlos Oswald
Liceu de Artes e Oficios do Rio de Janeiro.

Algumas imagens do ateliê

prensa que pertenceu ao gravador Carlos Oswald




 A Oficina de Gravura Carlos Oswald fica localizada na Rua Frederico Silva, 86,
Praça XI, Centro, Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro / RJ
Tel.: (21) 2277-7600 e (21) 9161-7270

23.7.12

Visitas Ilustres

Ontem estiveram em meu ateliê três artistas muito especiais na arte da Gravura, Maria Regina Pinto, Maura Andrade e Julieta Warman.


Hoje será entregue a Caixa de Gravuras – Mapas de Influências ao ateliê parceiro – Oficina de Gravura Carlos Oswald –  Liceu de Artes e Ofícios Rio de Janeiro
Rua Frederico Silva, 86, Praça XI, Centro
Tel.: (21) 2277-7600 e (21) 9161-7270

 

Mapas de Influências

um olhar na gravura brasileira

O projeto foi selecionado pelo Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 8ª edição e tem como objetivo reunir um material gráfico concentrando-se na produção atual de alguns artistas na gravura em quatro estados do Brasil: São Paulo – SP, Rio de Janeiro- RJ, Recife – PE e Porto Alegre – RS.
Envolver artistas das regiões sul, sudeste e nordeste mostrando a diversidade na linguagem gráfica que eles possuem, e ao mesmo tempo resgatando a memória da gravura brasileira é a nossa proposta.

Maura de Andrade
http://mauraandrade.wordpress.com

Maria Pinto
http://maregina-arte.blogspot.com

http://mapasdeinfluencias.wordpress.com/

18.7.12

Dorothea Wiedemann - xilogravuras


O Museu Oscar Niemeyer (MON), Curitiba - Paraná, inaugura dia 21 de julho, sábado, a exposição “Dorothea Wiedemann, aqui ou em qualquer lugar”. São 51 trabalhos da artista alemã com raízes em Castro, Dorothea Wiedemann, que viajou pelo mundo em busca de sua matéria-prima essencial: a natureza. Dorothea construiu uma obra baseada em sua percepção e curiosidade de todos os lugares do mundo que morou e visitou. Além disso, sua história de vida permeia toda a sua escolha de materiais, técnicas e estudos que fazem seu trabalho ter um cunho marcante e de grande sensibilidade.

Utilizou a xilogravura na maioria dos seus trabalhos e elegeu esta técnica para aprimorar-se. Acreditava que a madeira poderia ser trabalhada de maneira única, que cada uma tinha uma característica, uma personalidade. “Xilogravuras podem ser feitas em qualquer lugar”, dizia a artista. A catalogação do seu trabalho abrange 353 obras que pertencem ao acervo da Casa da Cultura Emília Erichsen. A curadoria é de Simone Landal, Christiani Vieira Strickert, Ilsemarie Hampf, Karina Marques e Ronie Cardoso Filho, reúne 51 obras, que estarão expostas na Galeria Niemeyer.



A exposição de Dorothea Wiedemann resgata um importante trabalho de uma artista com raízes em Castro, com ressonância e identidade reconhecidas internacionalmente.
Para a diretora do MON, Estela Sandrini, é importante resgatar a história de Dorothea Wiedemann que produziu sua obra em Castro (PR) e no mundo. “Para o Museu Oscar Niemeyer é uma honra receber esta exposição e revelar uma artista que tem raízes parananenses, mas não é muito conhecida no Estado”.







16.7.12

"Xilocidade - memória urbana gravada".


Ultimos dias para quem estiver em Porto Alegre - RS para visitar minha exposição
"Xilocidade - memória urbana gravada".
Termina dia 18 - 4ªfeira.
São 48 xilogravuras desta série.







Comenta Manoela Afonso:

“A paisagem urbana é mutante e precisa constantemente dar lugar ao novo, mas tende a apagar as marcas do passado. A cidade é realmente uma grande obra sempre em construção, vivenciada diferentemente a cada instante pelo homem. Mas seu acelerado crescimento aumentou seu caráter hostil, desencadeando o rompimento das relações afetivas do homem com seu próprio habitat e a perda de identidade com a cidade em que vive. A fragmentação da história e da memória do homem tornou-se uma triste realidade que o situa num contexto social degenerado, além de prejudicar e inviabilizar a construção da sua cidadania. O homem urbano pós-moderno pode encontrar-se desconexo do seu meio ambiente, por não reconhecê-lo mais.

Xilocidade é um movimento de busca e registro da memória urbana. André vasculha sua memória de menino carioca, volta ao passado e se depara com casas com quintais cheios de árvores frutíferas, com a casa onde nasceu sua mãe, com construções antigas onde antes viviam famílias inteiras e que hoje desaparecem caladas levando consigo tanta história. Suas memórias mais antigas remetem à paisagem modificada pelo tempo e pelo homem no Rio de Janeiro; suas lembranças mais recentes identificam a persistência das antigas fachadas de Curitiba.”







A Gravura na trajetória de André de Miranda

Nascido no Rio de Janeiro em 1957, desenhista, pintor, gravador e artista educador, mora e trabalha na cidade do Rio de Janeiro.


André de Miranda morou no Paraná na cidade de Curitiba de 2004 a 2008, onde ministrou palestras e oficinas na Universidade Federal do Paraná, no Museu Oscar Niemeyer onde tem obras em seu acervo, no SESC unidade Centro e nas cidades de Maringá e Foz do Iguaçu, além de exposições em outras regiões do estado.


Manteve também atelier na cidade de Três Lagoas – MS., de 1994 a 1998.
Já realizou mais de 250 exposições entre individuais e coletivas.
Sua primeira exposição individual de xilogravuras foi no Rio de Janeiro em 1981.
Iniciou seus estudos em xilogravura em 1979 com Ciro Fernandes e J. Borges.
Frequentou as oficinas do SESC Tijuca Rio, sendo aluno de Anna Carolina, gravura em metal com Heloisa Pires Ferreira e na Escolinha de Arte do Brasil com Marcelo Frazão; oficina de gravura do SESC Nova Iguaçu – RJ, além de ter convivido em diversos ateliês de gravura, desenho e pintura no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Suas obras se encontram em importantes acervos de museus e galerias da Suécia, França, Portugal, Espanha, Romênia, Polônia, Japão, Argentina e Brasil.
Já ministrou mais de 100 oficinas e palestras de gravura de norte ao sul do país.
Além de inúmeros prêmios recebidos, destaca-se em 2003, o prêmio aquisitivo no 8º Salão Internacional de Gravura el Caliu - Olot - Girona, Espanha.
Foi membro do Núcleo de Gravura do Rio Grande do Sul e do Grupo Gravura.

12.7.12

MARIA TOMASELLI NO MAC - USP IBIRAPUERA



Dia 18 de Julho às 14h

MAC USP Ibirapuera
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3° piso
Parque Ibirapuera 04094-000 - São Paulo - SP - Brasil
tel: 55 11 5573.9932
Estacionamento no Parque com Zona Azul
Entrada gratuita



Biografia

Maria Tomaselli Cirne Lima (Innsbruck, Áustria 1941). Pintora, desenhista, gravadora. Em sua cidade natal, estuda desenho com Heinz Kühn (1908 - 1987), em 1962, e se diploma em filosofia, em 1965. Muda-se para Porto Alegre em 1969 e, durante dois anos, estuda pintura com Iberê Camargo (1914-1994). Inicia a formação em artes gráficas em 1971, com aulas de xilogravura com Danúbio Gonçalves (1925), no Ateliê Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Em 1972, vai morar em São Paulo, onde faz um curso de serigrafia com Paulo Menten (1927), frequenta a Escola Brasil e é premiada na 2ª Exposição Internacional de Gravura, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Muda-se para o Rio de Janeiro em 1975, onde inicia um curso de gravura em metal no Museu de Arte Modernade do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Em Olinda, a partir de 1979, liga-se então à Oficina Guaianases de Gravura. Funda, em 1980, o ateliê MAM de litografia com as artistas Anico (1948) e Marta Loguércio. Nessa década recebe bolsas de estudo do Instituto Austríaco-Italiano, em Roma, e do Instituto Austríaco-Francês, em Paris.

11.7.12

Matéria com gravadores.

Muito boa matéria com grandes nomes de nossa gravura.
Vale a pena assistir. Parabéns a todos e Viva a Gravura!
http://g1.globo.com/globo-news/starte/videos/t/todos-os-videos/v/gravador-samuel-casal-mostra-a-importancia-da-gravura-nas-artes-plasticas/2035146/

ARTE POSTAL

CONVOCATÓRIA


Arte Postal
TEMA: MAPAS DE INFLUÊNCIAS
Formato Postal: 10 X 15 cm
Apenas postais em gravura – técnica livre: xilogravura, calcogravura, fotogravura, litogravura
DATA LIMITE: 10 de agosto de 2012
Enviar para: arte postal – MAPAS DE INFLUÊNCIAS
Ateliê Ponto Gráfico   Caixa Postal 17002     CEP 02340-970São Paulo – SP – BRASIL

A participação está aberta a todos.
Mande quantos cartões quiser!
Sem júri – Todos os trabalhos serão expostos na Oficina Oswald de Andrade na cidade de São Paulo de 11 a 30 de agosto de 2012 e  publicados no blog:http://mapasdeinfluencias.wordpress.com/
Os artistas participantes cartões postais recebidos pelo projeto, e receberá tantos postais quanto enviou. Aleatoriamente, será distribuido os cartões recebidos aos participantes, com uma identificação do Projeto Mapas de Influências, certificando a participação, a exposição e agradecendo o apoio.

mapasdeinfluencias@gmail.com

10.7.12

RETROSPECTIVA ANNA LETYCIA

Imperdível exposição retrospectiva da grande artista brasileira Anna Letycia no Museu Nacional de Belas Artes
Rio de Janeiro.
Abertura dia 17 julho às 19h.

Anna em seu ateliê na Urca - Rio (foto de André de Miranda)


Anna Letycia Quadros (Teresópolis RJ 1929). Gravadora. Inicia estudos de desenho e pintura com Bustamante Sá, na Associação Brasileira de Desenho, no Rio de Janeiro. Na década de 1950, no Rio, frequenta o curso de André Lhote, estuda gravura com Darel, na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), e com Iberê Camargo, no Instituto Municipal de Belas Artes. Realiza curso de xilogravura com Oswaldo Goeldi, na Escolinha de Arte do Brasil, e de pintura com Ivan Serpa, com quem participa da criação do Grupo Frente. Em 1959, frequenta o ateliê do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), coordenado por Edith Behring. É convidada a lecionar gravura no ateliê desse museu, atividade que exerce entre 1960 e 1966. Dá aulas de gravura em Santiago, onde recebe o título de professor honoris causa da Pontifícia Universidade Católica do Chile, em 1961. Em 1977, instala em Niterói a Oficina de Gravura no Museu do Ingá, que coordena até 1998. Desenvolve ainda atividades de cenógrafa e figurinista, e atua principalmente em parceria com Maria Clara Machado. Em 1998, é publicado o livro Anna Letycia, de Angela Ancora da Luz, pela Editora da Universidade de São Paulo.





Cais do Porto , 1955 - pastel seco sobre papel, 25 x 37 cm


Caracol , 1968 - ponta-seca, relevo, recortes, 63 x 68 cm


Caixas , 1977 - água-tinta, água-forte e ponta-seca, 55 x 40 cm

6.7.12

Mundo Fantástico de Mário Gruber


O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro inaugurou a exposição O Mundo Fantástico de Mario Gruber, que faleceu em dezembro passado aos 84 anos. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra apresenta um panorama completo da obra do artista, realizada ao longo de seis décadas de atividade artística. São 125 obras, entre pinturas, desenhos, matrizes e gravuras.

Durante toda sua vida Gruber trilhou um caminho único. A reboque de todos os modernismos inspirou-se nos mestres do passado, criou sua própria e requintada técnica de pintura e debruçou-se sobre um realismo mágico inteiramente pessoal. Alcançou o sucesso e a fama, foi igualmente endeusado e repudiado, mas nunca pode ser acomodado em nenhum dos nichos criados pela crítica de arte: Gruber é Gruber.

Gruber ficou conhecido mesmo por suas gravuras, em que sobressaía um engajamento político, sendo a fase mais fértil a produção dos anos 50. Gruber fundou o Clube da Gravura de Santos e chegou a dar aulas do suporte no Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Fundação Armando Álvares Penteado.




Depois de conhecer o artista mexicano Diego Rivera durante uma passagem pelo Chile, Gruber também se dedicou a fazer murais e obras públicas, chegando a ter trabalhos instalados na praça da Sé, no Memorial da América Latina e no aeroporto de Guarulhos.


Seu mural poeticamente batizado como “Assim como sempre, o amanhã está em nossas mãos”, embeleza a plataforma central da Estação da Sé, a mais movimentada do Metrô. Com 50 metros quadrados de área, a peça feita em acrílico e vinil foi inaugurada em 25 de janeiro de 1987, após nove anos sendo manufaturada pelo artista.

Na década de 1940, o artista pintava e gravava retratos, paisagens e naturezas-mortas seguindo os caminhos da arte da época, mas já buscando sua própria forma de expressão. Na década de 1950, alguns temas e características particulares tornaram-se evidentes: a preocupação com a qualidade técnica, o uso dramático do claro-escuro e uma predileção pela figura humana, captada em sua condição de espanto e solidão. Obras, como Meninos e Engraxate prenunciam o aparecimento do Muleque Cipó, personagem arquétipico que Gruber irá retratar sob diferentes nomes ao longo de muitos anos, sempre evidenciando a condição do menino pobre, irreverente, triste, desprotegido - e perigoso.

Nos anos 1960, aparece o tema dos Fantasiados que o artista pinta também por muito tempo, mergulhando, cada vez mais fundo, no onírico mundo dos máscaras, compondo imagens eivadas de símbolos e sempre usadas como formas de entender o real. Nos anos de chumbo da ditadura, através dos Anjos da Renascença Brasileira, Gruber denuncia a censura que transformava a todos em marionetes, em anjos de asas que não voavam. A série Profeta dos Anzóis, iniciada nos anos 1980, estendeu-se até os anos 1990, levantando questões existenciais entre metáforas de chaves e anzóis. Em 2000, o artista, conhecido como exímio colorista, ousou realizar um conjunto de obras monocromáticas que encerra o grupo de pinturas.


"Fantasiado com bastão"

A exposição apresenta também um extenso grupo de gravuras e matrizes nas quais fica evidente a maestria de Gruber no manejo da goiva e do buril, sua inventividade na experimentação e seu engajamento em questões humanitárias.

Mário Gruber com a neta Lorena Hollander no Memorial da América Latina, em 2009



Serviço:
Exposição: “O Mundo Fantástico de Mário Gruber”
Visitação: até 12 de agosto de 2012 – ter a dom, das 12 às 19h – GRÁTIS – Class. Livre
Local: Centro Cultural Correios (Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro) - 2253-1580
Realização: Centro Cultural Correios
Patrocínio: Correios
Curadoria: Denise Mattar.