29.9.12

Xilogravuras de Marcio Pannunzio na Caixa Cultural São Paulo

Márcio Pannunzio – Xilogravuras


A Caixa Cultural apresenta a individual “Márcio Pannunzio – Xilogravuras” exibindo imagens criadas empregando a pouco conhecida e praticada técnica da xilografia de topo; técnica essa, que cobra do artista grande concentração e virtuosismo. As pequenas xilos de Pannunzio agregam valor renovado à linguagem contemporânea da gravura brasileira ao incorporarem temáticas incômodas e impactantes exploradas em formatos preciosistas, delicados e repletos de detalhes, exigindo do observador, uma postura atenta e paciente.


Na xilografia de topo a matriz é obtida a partir do corte transversal da árvore, fatiada em discos. Deles são extraídos tacos sem trincas. A gravação é feita com goivas e buril – instrumento comum à joalheria. Devido à densidade das fibras, consegue-se gravar com linhas muito finas e texturas complexas, impossíveis de serem reproduzidas na madeira de fio.



Pannunzio elabora cenários intrincados e labirínticos, minuciosos e de urdidura parecida ao dos bordados. Hipnotizam o primeiro olhar pelo magnetismo de suas tramas emaranhadas e ao serem mais bem vislumbrados, revelam ao expectador, panoramas cáusticos, exalando erotismo e violência.

O artista opera com polaridades antagônicas: o tamanho mínimo de suas xilos de topo comporta o máximo de informação visual; a imagem pesada é impressa em um papel fragilíssimo, quase translúcido; a beleza de seu traço meticuloso camufla situações dantescas.



As calcografias, bem como as gravuras em relevo que se valem do linóleo como matriz, apresentam também composições tão detalhadas quanto os das xilos de topo; porém, em uma escala maior.


Já as monotipias e desenhos nos mostram uma grafia veloz e segura a serviço da construção de imagens de grande crueza e energia; são despojados dos ornamentos e filigranas usualmente utilizados nas gravuras em relevo e calcográficas. Extraem sua força da linha vigorosa e concisa.


As digigrafias são gravuras criadas usando as novas tecnologias de manipulação da imagem e impressão em impressoras profissionais a jato de tinta em papéis artísticos. A matriz virtual criada pelo artista toma como ponto de partida um desenho a bico de pena, posteriormente diminuído e contrastado em programas de edição de imagem.

Contrariando os preceitos ortodoxos de molduramento que pregam a maior neutralidade possível, o próprio artista emoldura seus trabalhos empregando como perfis, madeiras descartadas pelos estaleiros de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba. A singularidade das madeiras escolhidas enseja uma apresentação inusual; essas molduras estabelecem, com as imagens que abraçam, um diálogo onde a marcante diferença entre a riqueza de cores e texturas dos perfis decapados pela ação do tempo e das intempéries contrasta com a sisudez monástica das gravuras, digigrafias e desenhos. Moldura e imagem terminam por compor um novo outro trabalho com o status de objeto. Alinhadas lado a lado constroem uma linha visual inusitada e criativa, longe da monotonia comum às montagens padronizadas.

A variedade das obras possibilitará ao visitante uma imersão nas principais técnicas de produção gráfica e no universo plástico complicado e perturbador de Márcio Pannunzio.


Sua escolha da gravura como técnica preferencial de criação artística se fundamentou na virtude primeira desse fazer: o seu caráter democrático, avesso às maquinações de mercado que elitizam e transmutam aquilo que tocam em produtos de consumo privilegiado. De fácil transporte e exibição, sua histórica trajetória contestatória e polemizante seduziu Márcio Pannunzio. Pesou ainda, sua natureza circunspecta, monacal, a exigir de quem a elege, dedicação continuada e afinco sempre renovado para o domínio da sua fatura.


A arte de Pannunzio, a par de sua feição estética burilada com rigor, precisão e requinte em três décadas de destacada atuação profissional, é eminentemente crítica. Nas palavras do crítico e curador Paulo Klein: “os jogos de poder, o assédio, a promiscuidade e a banalização sexual são motes recorrentes no fabulário de Pannunzio. Em seus labirintos, que refletem a banda podre dos meandros sociais, parece não haver lugar para vacilo, piedade ou para atos gentis, muito menos doçuras ao pé do ouvido. Suas imagens corrosivas desnudam o homem contemporâneo de forma crua e impiedosa.”


Pensamento semelhante compartilha Henrique Marques-Samyn, poeta e ensaísta: “trata-se, portanto, de uma arte sobretudo crítica, que põe abaixo os inúmeros sedativos que permeiam o nosso dia-a-dia, revelando os horrores que subjazem a tudo o que embevece e maravilha os olhos entorpecidos. Na arte de Márcio Pannunzio, não há espaço para falsas promessas.”



O catálogo da exposição será lançado no mesmo local no dia 17 de novembro às 11h.

sobre o artista


Márcio Pannunzio, que reside em Ilhabela - SP, desde 1989, é um dos gravadores brasileiros de presença mais constante em mostras internacionais de gravura; participou de mais de uma centena ao longo de três décadas. Ganhou prêmios doze vezes: na XYLON 12 – International Triennial Exhibition of Artistic Relief Printing ( Suíça ), na Biennale Internationale d’Estampe Contemporaine de Trois-Rivières, Première Édition ( Canadá ), no 3º Concurso Internacional de Minigrabado “Ciudad de Ourense” ( Espanha ), na BIMPE V – The Fifth International Biennial Miniature Print Exhibition ( Canadá ), na 1st International Small Engraving Salon Inter – Grabado 2005 ( Uruguai ), na 2ª e na 3ª Muestra Internacional de Miniprint de Rosário 2005 ( Argentina ), na III Bienal Argentina de Gráfica Latinoamericana, na 5ª Bienal Nacional de Grabado em Relieve – 1ª Iberoamericana XYLON Argentina, na The 3rd International Mini Print Biennial Cluj-Napoca ( Romênia ), na Itart 2001 – 3rd Mini Graphic World Wide Show ( Itália ), na 3rd International Biennial Racibórz 2000 Poland ( Polônia ) e na 11ª Bienal de San Juan Del Grabado Latinoamericano y Del Caribe ( Porto Rico ) . No Brasil foi premiado em trinta e sete ocasiões; entre elas: no 10º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no 50º Salão Paranaense, na 10ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba, no 3º Salão Victor Meirelles, no 2º Salão SESC de Gravura, no 26º Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional – Contemporâneo, no 7º e no 3º Salão UNAMA de Pequenos Formatos, na VIII e na VII Bienal do Recôncavo, na II Bienal da Gravura, na 4ª e na 2ª Bienal de Gravura de Santo André, na 5ª e na 3ª Bienal Nacional de Gravura Olho Latino. Foi bolsista da Fundação Vitae em 2002 e figurou entre os vencedores dos editais ProAc de Artes Visuais de 2008, 2010 e 2011. Realizou vinte e seis individuais, cinco delas no exterior.


Márcio Pannunzio – Xilogravuras
CAIXA Cultural - Galeria Humberto Betetto - São Paulo (São Paulo)

Praça da Sé, 111 - Centro

(11) 3321-4400

www.marciopan.art.br
Abertura dia 29/09/2012
A exposição fica em cartaz até 02/12/2012
Horário: terça-feira a domingo, das 9h às 21h

27.9.12

Goeldi na coleção da Pinacoteca de São Paulo


A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura apresenta, na Estação Pinacoteca, a exposição Goeldi na coleção da Pinacoteca de São Paulo com 56 gravuras realizadas entre 1924 e 1960 e que foram incorporadas ao acervo do museu por meio de aquisições e doações, entre 1976 e 2011. Oswaldo Goeldi (Rio de Janeiro, RJ, 1895-1961) é um dos mais destacados artistas brasileiros do século XX, cujas obras são referência no âmbito da gravura moderna brasileira. Esta exposição acontece no Gabinete de Gravura Guita e José Mindlin um espaço dedicado à gravura na Estação Pinacoteca. Com curadoria de Carlos Martins, da equipe de curadores do museu.


Disposta em ordem cronológica, a exposição apresenta trabalhos realizados a partir de 1924, quando o artista estabelece uma relação estreita com a produção de gravuras e já seleciona temas que se desdobrariam por quatro décadas. Aspectos desolados da cidade, ruas estreitas da periferia, casario suburbano, cenas de noite e solidão fazem parte do repertório da artista desde o inicio, assim como a infelicidade de pessoas marginalizadas pela sociedade, prostitutas e ladrões e de seres da noite. O mar e os pescadores, num segundo momento, atrairiam sua atenção. Esses temas podem ser vistos nas obras Pescadores, c. 1950, Urubus, c. 1925, Três Mulheres, 1945, Vida noturna, 1935, entre outros.




A mostra tem o objetivo de contextualizar o conjunto de 56 gravuras na produção do artista.

Sabe-se que Goeldi começou a gravar em 1924, seguindo a orientação do amigo Ricardo Bampi (1896-1965), que havia estudado na Bauhaus (escola de design e arquitetura com sede em Dessau, Alemanha, de 1919 a 1933), e na ocasião morava em Niterói. Com ele teria tido noções básicas sobre a preparação da madeira como matriz de gravuras, assim como o manuseio de goivas e os procedimentos para a impressão da imagem gravada. A partir de então trabalha incessantemente, e seu legado é um número incontável de desenhos e xilogravuras, sendo que muitos deles foram usados como ilustração de livros e periódicos. “A recente incorporação ao acervo da Pinacoteca de São Paulo de obras de Oswaldo Goeldi foi uma importante contribuição para a sua coleção de gravuras.

Na sequência, deu-se inicio a um cuidadoso trabalho de classificação dessas obras, com o intuito de proceder a uma datação, a mais acurada possível”, afirma Carlos Martins, curador da mostra.

Goeldi na coleção da Pinacoteca de São Paulo
Pinacoteca de São Paulo - São Paulo (São Paulo)
Praça da Luz, 02 - Luz
tel: 11 3324-1000
Este evento vai do dia 29/09/2012 ao dia 24/02/2013, mas apenas Domingo, Terça, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado
Horário: terça a domingo, das 10h às 18h
Preço: Gratuito

25.9.12

Arte em diálogo: Anna Letycia

Dia 26, quarta-feira- 15h
Arte em diálogo: Anna Letycia
Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro
ENTRADA FRANCA

O projeto Arte em Diálogo oferece palestras onde os artistas plásticos falam sobre seu processo criativo, sua poética, as interfaces de sua obra com mestres de hoje e do passado, a especificidade de sua obra e a sua trajetória ao longo do tempo.
Nesta edição a artista Anna Letycia, atualmente com uma mostra retrospectiva no MNBA, vai falar de sua obra e trajetória no campo da gravura brasileira.


Uma artista que moldou sua carreira a partir de expressivos mas sóbrios traços geométricos e cores - inserida numa trajetória de intenso diálogo com a história da gravura no Brasil.
Dominando como poucos o seu oficio, nesta exposição estão 80 obras, em técnicas como gravura em metal água-tinta, água-forte, relevo, ponta-seca.

A exposição estará em cartaz no museu até dia 28 de outubro.


 

23.9.12

CAIXA CULTURAL RIO EXPÕE GOELDI E DOSTOIÉVSKI

Gravuras de Goeldi ilustram o universo da literatura de Dostoiévski


A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 25 de setembro a 18 de novembro, a exposição Goeldi e Dostoiévski, que reúne 94 ilustrações de Oswaldo Goeldi produzidas para quatro livros do escritor russo Fiódor Dostoiévski. Além das gravuras, a mostra exibirá livros originais e interferências tecnológicas com aplicativos criados especialmente para esta exposição, e que podem ser baixados para celulares e tablets, com informações detalhadas sobre o escritor e o artista.

As 94 obras de Oswaldo Goeldi ilustraram os livros Humilhados e ofendidos, Memórias do subsolo, O idiota e Recordações da casa dos mortos, de Dostoiévski, a pedido da editora José Olympio, entre os anos de 1944 e 1953. As ilustrações são consideradas uma contribuição importante para a iconografia do escritor russo. Nelas, Goeldi soube capturar e sublinhar a essência de cada romance e, com traços sucintos, retratar o cotidiano dos personagens descritos. As obras de Dostoiévski ilustradas por Goeldi foram publicadas apenas na Rússia.

Oswaldo Goeldi conseguiu expressar a relação peculiar entre suas ilustrações e o texto do autor russo. Muitos críticos já apontaram para o fato de que Dostoiévski capta a psique humana em seus momentos de crise, e é nisso que Goeldi nos proporciona com seus desenhos predominantes densos e soturnos. Seu mundo branco e preto se funde com a visão dostoievskiana do homem vivendo no submundo e no ápice da tortura, explica a curadora Lani Goeldi.

A exposição contará também com uma criação cenográfica nas paredes da galeria, com interferências pictóricas do artista plástico muralista Jefferzion, que complementará o cenário com uma obra representativa do tempo dos czares russos. Artista autodidata e com 18 anos de carreira, Jefferzion constrói, em seus trabalhos de grandes dimensões, o espaço, a perspectiva e a profundidade dentro de sua pintura. O objetivo principal é iludir os olhos do espectador a fim de proporcionar sensações inusitadas como o tridimensionalismo. Suas obras também ganharam espaço dentro do segmento da arquitetura moderna e da decoração contemporânea.

ABERTURA DIA 24 SETEMBRO - 2ª FEIRA ÀS 19:30

Ficha técnica
Curadoria: Lani Goeldi
Realização: Associação Artística Cultural Oswaldo Goeldi
Produção: Cult Art Comunicação
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Serviço: Exposição Goeldi e Dostoiévski
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, n° 25 - Centro (próximo à estação Carioca do Metrô)
Telefone: (21)3980-3815
Visitação: de 25 de setembro a 18 de novembro de 2012
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h
Classificação: Livre
Programa educativo: agendamento.rio@gentearteira.com
Agendamento para o Programa educativo: (21)3980-4898

19.9.12

Julieta Warman ministrará oficina de Ex Libris no Rio

Ex Libris é uma estampa de pequenas dimensões cuja história está ligada ao advento do livro impresso. Funciona como uma identificação do proprietário do livro e sua imagem possui unidade entre o desenho e o texto gravados. A expressão de origem latina significa literalmente “dos livros”.

Julieta Warman é Argentina e possui um estúdio dedicado à gravura na cidade de La Plata, o ateliê Crisálida. Suas gravuras estão presentes em diversas coleções ao redor do mundo e sua produção de Ex Libris merece especial reconhecimento por seu trabalho na difusão e aperfeiçoamento desta modalidade de obra gráfica. Recebeu inúmeros prêmios em salões específicos desta temática e em outros abertos a demais técnicas. Em paralelo à sua carreira de autora, ensina técnicas de gravura além de ser colaboradora permanente do periódico Xylon Argentina, tradicional publicação daquele país voltada a manifestações culturais e artísticas vinculadas a xilogravura.

A Oficina de Gravura Carlos Oswald do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro é um ateliê coletivo, que acredita no potencial criativo da gravura; empenhado na difusão e multiplicação dessa nobre arte. A Oficina de Ex Libris é mais uma de nossas iniciativas visando à integração e formação de novos autores e fruidores de artes gráficas. As inscrições serão feitas antecipadamente na secretaria do Liceu. Participe conosco desta atividade e venha expandir seus conhecimentos neste intercâmbio de aprendizado e produção. Aguardamos você!

Dias 3, 4 e 5 de outubro das 18h às 21hSábado de 10h às 13h, mostra e troca de Ex Libris Investimento: R$ 90,00 – material inclusoNúmero limitado de vagas

Maiores Informações:Oficina de Gravura Carlos OswaldLiceu de Artes e Ofícios do Rio de JaneiroRua Frederico Silva, 86, Praça XI, Centro, Rio de JaneiroTel.: + 55 (21) 2277-7600 / + 55 (21) 9161-7270http://oficinadegravura.blogspot.com.br/oficinacarlososwald@hotmail.com



A Oficina de Ex Libris será ministrada pela gravadora Julieta Warman na Oficina de Gravura Carlos Oswald do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Direcionada a gravadores, profissionais do livro e demais interessados, tem em seu programa a origem, conceituação e desenvolvimento do Ex Libris através de uma atividade prática de gravação e impressão em relevo.



16.9.12

ADIR BOTELHO - CANUDOS

ADIR BOTELHO - CANUDOS


Abertura dia 17 setembro - 2ªfeira - Caixa Cultural Rio de Janeiro


Canudos, a mais importante de todas as xilos do mestre, será exposta na íntegra
(120 gravuras)












CAIXA CULTURAL RIO
Avenida Almirante Barroso, 25 Centro - Rio de Janeiro
Tel:2544-7666
De terça-feira a domingo, das 10h às 22h

14.9.12

EXPOSIÇÃO GOELDI & DOSTOIÉVSKI







































Goeldi ilustrou alguns livros do escritor russo Dostoievski.
Não poderia ser mais perfeita a harmonia entre esses dois mundos fantásticos: o temperamento fantasmagórico, trágico e angustiante de Dostoievski uniu-se ao de Goeldi.

ILUSTRAÇÃO PARA RECORDAÇÕES DA CASA DOS MORTOS
de F. M. Dostoievski, Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1961- circa 1945 - 17,9 x 12,3 cm
ilustração página 26

ilustração página 122


página 203

ROGOZHIN E SEU BANDO 
Ilustração para O Idiota, de F. M. Dostoievski, Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1955
circa 1949, bico-de-pena, 12 x 19,3 cm, ilustracão à página 161

10.9.12

EXPOSIÇÃO - "DIÁLOGOS"


Diálogos surge da iniciativa das gravadoras, Maria Pinto e Maura de Andrade, em resgatar e divulgar a coleção de matrizes realizadas pelos alunos da Escola de Xilografia do Horto Florestal, na década de 40, na cidade de São Paulo.

A Galeria Gravura Brasileira reúne nesta mostra 34 artistas contemporâneos que aceitaram o convite para mostrar uma gravura que, de alguma maneira, converse com essas matrizes de topo em guatambu-rosa, que impressionam pela maestria dos alunos na técnica de gravar em buril.

Acompanhando as belíssimas gravuras contemporâneas estarão expostos os quatro álbuns, impressos pelas artistas, contendo as estampas de todas as matrizes pertencentes, hoje, ao Museu Florestal Octávio Vecchi.

Abertura - 18 de setembro de 2012 às 19h
Galeria Gravura Brasileira
Rua Dr. Franco da Rocha, 61 – Perdizes – São Paulo – SP
Telefones +11 3624 9193 e +11 3624 0301
Até 20 de outubro de 2012
Segunda a sexta das 10h às 18h
Sábado das 11h às 13h

9.9.12

ARTE MAIOR DA GRAVURA - Orlando Dasilva

Assim que ele chamava a gravura - Arte Maior.
Perdemos semana passada um dos grandes mestres da gravura brasileira, meu querido "portuga", como eu o chamava carinhosamente, Orlando Dasilva.
Durante muitos anos nos correspondíamos atravez de cartas e gravuras. Até que, um dia fui morar em Curitiba, onde Orlando mantinha um ateliê e o visitei algumas vezes. Fez uma história tambem na capital curitibana. Morava em Paty do Alferes, cidade serrana do Rio, a 5 km de Miguel Pereira, 115 km do Rio.
Tenho em meu acervo estas muitas cartas que o querido Orlando me enviava, sempre no verso de uma gravura.
Posto aqui algumas delas.
Siga em paz meu amigo!










DaSilva, Orlando (1923/2012)
Orlando da Silva, Orlando Joaquim Correia da Silva
( 4 / 6 / 1923) - Porto - Trás-os-Montes e Alto-Douro - Portugal